Marcas
Durante o século XIX as fábricas de cerâmica nacionais utilizaram marcas de origem, à semelhança das suas congéneres europeias. As marcas eram sobretudo símbolos de distinção comercial identificando a fábrica produtora, facilitando a distribuição das peças e mantendo a pressão de qualidade na produção da fábrica.
A Fábrica de Loiça de Sacavém utilizou inúmeras marcas nas suas peças. A mudança de propriedade levou frequentemente à mudança da marca de produção, embora no século XIX houvesse alterações da marca mesmo sem mudança do proprietário. Em 1885, a alteração esteve associada a uma distinção, quando John Stott Howorth foi distinguido com o título Barão Howorth de Sacavém, e deu origem a uma nova designação Real Fábrica de Sacavém e uma nova marca, a qual evoluiu dando origem a várias marcas aplicadas por carimbo ou incisas na pasta.
Duas marcas distintas surgem em serviços destinados à casa Real. É o caso de um serviço normalmente referido como uma encomenda durante o reinado de D. Luis I, com uma cinta aberta e as iniciais de John Barlow, um técnico inglês que foi responsável da produção. Outro caso é a marca coroa dourada no serviço destinado ao serviço do príncipe D. Carlos após o seu casamento com D. Amélia.
A marca referindo o estatuto Nobiliárquico e de fornecedor da casa Real foi substituída já no período James Gilman pela marca Gilman & Cta, após a queda da monarquia. Esta marca permaneceu com poucas alterações durante dezenas de anos, até ser substituída pelas marcas baseadas no “S” estilizado.
Durante o século XX houve algumas marcas alternativas, como as marcas incisas nas peças decorativas, a simples designação “Sacavém” em azulejo e estatuetas, ou a marca para peças sanitárias.
Aqui poderá visualizar algumas marcas da antiga fábrica de loiça de Sacavém.